sexta-feira, 3 de abril de 2015

A MALDIÇÃO DE TUTANKHAMON EXPLICADA PELA CIÊNCIA



No começo do século XX a ciência começou a desbravar as pirâmides do Egito, assim como suas câmaras mortuárias. Os primeiros homens a entrar em tais construções ficaram maravilhados com tanta riqueza e beleza, mas depois de alguns meses, misteriosamente, eles adoeciam e morriam, sem que os médicos pudessem encontrar o motivo. Nessa época havia lendas entre o povo do Egito que diziam que aqueles que perturbassem o sono dos faraós seriam atingidos por uma terrível maldição.

O caso mais famoso envolve a expedição comandada pelo arqueólogo Dr. Howard Carter, que no ano de 1922 profanou a tumba do faraó Tutankhamon, rei egípcio da décima oitava dinastia, morto há mais de 3.000 anos, e seu patrocinador, o Duque de Carnvon Edward Herbert.

Dr. Howard Carter e Duque de Carnvon Edward Herbert.

Carnvon Edward Herbert estava presente quando a tumba do jovem faraó foi descoberta, ele entrou na câmara mortuária junto com Howard Carter. Cinco meses depois, Carnvon Edward Herbert morreu em um hospital no Cairo de uma misteriosa doença. Nenhum médico conseguiu diagnosticá-la.

O interessante é que quando Lord Carnavon entrara cheio de euforia no túmulo de Tutankhamon, o inspetor geral de antiguidades do Governo egípcio, Arthur Weigall, disse: “Se penetrar no túmulo com tamanha irreverência, não lhe dou mais de seis meses de vida". Dizia isso, convicto à crença existente em todo o Egito de que "o Faraó virá chamar aquele que violar seu túmulo".

Esse não é o único caso envolvendo a maldição de Tutankhamon nessa expedição. Outro que penetrou em sua tumba foi o Dr. Evellyne White, ele foi um dos primeiros em penetrar na câmara mortuária. Saindo do Vale dos Reis, sentiu-se sempre fraco e psiquicamente muito deprimido. "Sucumbi a uma maldição que me forçou a desaparecer.", dizia na carta de despedida, encontrada junto ao seu cadáver. Ele enforcou-se.

Momento da abertura da tumba de Tutankhamon pelo Dr. Howard e pelo Duque Carnvon.
Frederick Raleigh fora mandado de Londres para descobrir, antes que o sarcófago fosse aberto, se o corpo de Tutankhamon estava realmente dentro. Dizem que ele foi o primeiro em "penetrar" e perturbar o "descanso" do jovem Faraó. Raleigh teve de ser retirado da sala funerária, sentindo-se mal. Logo desmaiou e não recuperou mais os sentidos: Estava morto.

Outra morte foi de Archibald Reed, arqueólogo do Governo egípcio, que iria radiografar os restos mortais de Tutankhamon. No segundo dia de trabalho, sentiu-se mal e morreu. 

Pouco depois da descoberta do túmulo, chegava ao Vale dos Reis, o Prof. La Fleur, amigo íntimo de Carter. Ele só pode assistir aos trabalhos durante algumas semanas. Morreu vítima de uma "doença desconhecida".

Ao todo foram 17 cientistas que após estarem no Vale dos Reis e realizar estudos na tumba de Tutankhamon morreram de maneira desconhecida.

Dr. Howard examinado a múmia de Tutankhamon.

EXPLICAÇÃO CIENTÍFICA

Quem desvendou o mistério foi o médico Geoffrey Dean, que após vários estudos descobriu que a maldição nada mais era do que uma doença chamada histoplasmose, que é causada por um fungo que se desenvolve no esterco ressecado dos morcegos.

O estudo começou porque chamou à atenção dos pesquisadores médicos a semelhança dos sintomas apresentados pelas vítimas da "maldição do Faraó" e os apresentados pelas vítimas das "cavernas enfeitiçadas" de Urugwe, na Rodésia, assim como em outras cavernas, inclusive na América Central.

Verificou-se que desde o início das escavações, o acesso ao corredor, antecâmara e anexo, câmara e tesouro de Tutankhamon estivera simplesmente vedado com uma porta de barras de ferro, o que permitia a entrada de inúmeros morcegos do deserto.
 
Essa doença pode se manifestar de duas maneiras, uma forma mais branda, onde o acometido irá desenvolver alguns sintomas, mas irá adquirir imunidade contra ela, e a forma mais grave, que pode matar em alguns meses.

Alguns cientistas que entraram da tumba de Tutankhamon não desenvolveram a doença, devido à imunidade adquirida em escavações onde a quantidade do fungo era pequena, enquanto aqueles que nunca haviam tido contato com o fundo desenvolveram a forma fatal da doença.

Imagem de como seria Tutankhamon
NOTA – Tatankhamon, o Menino Rei, (m. 1 327 ou 1 323 a.C.), ascendeu ao trono aos nove anos de idade, sucedendo no cargo a Semencaré, rei sobre o qual se sabe muito pouco. O que torna o rei Tatankhamon especial é que sua tumba foi descoberta praticamente intacta. Quando em 1922, o Dr. Howard encontrou a tumba todos ficaram espantados, pois em nenhuma tumba no Vale dos Reis havia tantas riquezas, trabalhos artísticos, móveis, carros de guerra, estátuas, jóias, etc. Isso se deve pelo fato de a tumba não ter sido saqueada na antiguidade, sendo Tutankhamon por isso o Faraó mais conhecido.

Em relação a sua morte, desde o ano de 1925, quando foi realizada uma autópsia na múmia por Douglas Derry, várias teorias são levabtadas. Dessa autópsia foi considerada na época a hipótese de uma morte natural, talvez por tuberculose. 

Em 1968 uma equipe da Universidade de Liverpool liderada por R.G Harrison obteve autorização para realizar raios-x à múmia. Uma ferida perto da orelha esquerda do faraó, que penetrou no crânio, produzindo uma hemorragia, foi apontada como causa da morte. Esta ferida poderia ter sido causada por um golpe ou um acidente. Alguns investigadores avançaram com a hipótese de assassinato que teria tido como autores Ay e Horemheb, seus conselheiros. 

Em janeiro de 2005 a múmia foi alvo de um exame no qual se recorreu à tomografia computadorizada (TC). Este exame, que teve uma duração de quinze minutos, gerou 1700 imagens. Foi descartada a hipótese de morte por assassinato. 

Em Novembro de 2006 o médico Ashraf Selim, com base em novas e sofisticadas análises, apresentou novas evidências que sustentam esta teoria. Quanto ao osso encontrado no crânio julga-se que foi provocado por um erro durante o processo de embalsamento do corpo. 

Em maio de 2005, egípcios, franceses e americanos reconstituíram a face do jovem Rei a partir de imagens de tomografia computadorizada. Eles constataram que ele tinha a parte posterior do crânio estranhamente alongada e o queixo retraído. 

Conforme notícias divulgadas pela Agencia France-Presse em 16 de fevereiro de 2010, Tutancâmon teria morrido, na verdade, devido à malária combinada com uma infecção óssea, segundo o estudo divulgado. Para outro autor o faraó teria passado por severo episódio de malária antes de assumir o trono, mas teria morrido assassinado por Aye com um golpe na porção posterior do crânio. 

De acordo com estudos recentes desenvolvidos em 2013, o faraó foi supostamente morto por ter sido atropelado por uma carruagem.

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