Qual a origem do universo?
Segundo a ciência, a origem e expansão do cosmos se deram através de uma
explosão ocorrida há cerca de 14 bilhões de anos chamada Big Bang. Tal teoria é
a mais aceita no meio científico, que diz ainda que 7 bilhões de anos após este
evento houve o surgimento do nosso planeta. Mas como provar que tal explosão realmente
aconteceu? Um importante passo foi dado.
Cientistas americanos
revelaram a detecção inédita de ecos do
Big Bang. A "primeira evidência
direta da inflação cósmica" foi observada com um telescópio no Polo Sul e
foi anunciada por especialistas do Centro de Astrofísica (CfA) de
Harvard-Smithsonian. A existência destas ondulações de espaço-tempo, primeiro
eco do Big Bang, demonstra a expansão extremamente rápida do universo na
primeira fração de segundo de sua existência, uma fase conhecida como inflação
cósmica.
As ondas gravitacionais são
ondulações minúsculas e primordiais que se propagam pelo cosmo. Os astrônomos
às buscam há décadas, porque são a prova que falta para duas teorias, uma das
quais inaugurou a era atual de pesquisa sobre as origens e a evolução do cosmo,
a Teoria Geral da Relatividade de Einstein, publicada em 1916, e outra que deu
os retoques finais nela, a teoria da inflação cósmica, desenvolvida nos anos
1980.
Uma fração de segundo após o Big
Bang, a explosão do espaço-tempo que iniciou o universo 13,8 bilhões de anos
atrás, o cosmo recém-nascido inflou muitas vezes seu tamanho inicial em menos
de um quadrilionésimo de segundo (número representado por um zero seguido de
uma vírgula seguida de 33 zeros e um 1).
As ondas gravitacionais foram
detectadas pelo telescópio BICEP2 (Imagem de Fundo de Polarização Cósmica
Extragalática, na sigla em inglês), que fica no Polo Sul. O instrumento, que
escaneia o céu a partir dessa região, examina o que os cientistas chamam de
micro-onda cósmica de fundo, uma radiação extremamente fraca presente em todo o
universo. Sua descoberta em 1964 pelos astrônomos dos laboratórios Bell, em
Nova Jersey, foi saudada como a melhor prova até hoje de que o universo começou
em uma explosão imensamente quente.
A micro-onda cósmica de fundo,
que passou a banhar o universo 380 mil anos após o Big Bang, está meros três
graus acima do zero absoluto, tendo esfriado até a quase não existência desde o
plasma imensuravelmente quente que era o universo nas primeira frações de
segundo de sua existência. A radiação de fundo não é exatamente uniforme. Como
a luz, essa relíquia é polarizada, como resultado da interação com elétrons e
átomos no espaço.
Modelos de computador previram um
padrão espiral particular na radiação de fundo que combinaria com o que seria
esperado com a inflação do universo após o Big Bang. A equipe não só encontrou
o padrão, mas descobriu ser consideravelmente mais forte do que o
esperado.
Tal descoberta representa um novo
esclarecimento sobre algumas das questões mais fundamentais para saber por que
existimos e como o universo começou.
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