Um pouco desconhecido dos mais jovens, vangloriado pelos amantes da
ciência, Nikola Tesla é considerado um dos maiores gênios de toda a humanidade
e em todos os tempos, conhecido como um homem que "espalhou luz sobre
a face da Terra". Sua história e seus feitos me fascinam, motivo pelo
qual estou publicando novamente este post dedicado a ele.
INFÂNCIA
Nascido em 9 de julho de 1856, na pequena vila de Smiljan, na Croácia,
Tesla desde muito jovem já demonstrava possuir uma mente extraordinária. Seu
pai percebendo isso o incentivava a aguçar o raciocínio através de vários
exercícios mentais, e o gosto pelas invenções vinha de sua mãe, pertencente a
uma antiga linhagem de inventores.
Uma tragédia marcou sua vida aos 5 anos de idade, seu irmão mais velho,
Dane, a quem Tesla dispensava enorme devoção possuía um cavalo branco, e Tesla
era proibido de montá-lo devido a pouca idade, então um dia quando Dane
cavalgava Tesla usou uma zarabatana para atirar uma semente no cavalo,
Dane foi atirado para trás e morreu. Nikola Tesla carregou o sentimento
de culpa até o último dia de vida, dizendo sempre que não importava qual
descoberta científica fazia Dane teria feito melhor.
Tesla chegou a ser considerado psicótico, pois sofria de um distúrbio
onde flashes de luz apareciam diante de seus olhos o cegando momentaneamente,
sempre acompanhados de alucinações. Dizem que essas visões eram de uma palavra
ou item que ele viria a descobrir no futuro, e só de ouvir a palavra ele era
capaz de visualizar o objeto em perfeitos detalhes.
Jovem ainda, Tesla se viu doente e acamado por 9 meses, onde os médico
eram categóricos em dizer que ele viveria poucos meses. Nesse período ele
começou a ler tudo que encontrava, foi quando se deparou com o
livro "Innocents Abroad", de Mark Twain, Tesla ficou
impressionado pelo amor a humanidade contido no livro e miraculosamente se
recuperou. Anos mais tarde ele se encontrou com Twain lhe agradecendo e este se
tornou um dos seus poucos amigos.
EXCENTRICIDADES DE UM GÊNIO
Um homem de mente brilhante, e um igual nível de excentricidade. Tesla
detestava o contato físico, com uma aversão especial a tocar o cabelo. Para
evitar um aperto de mãos, ele mentia dizendo que havia acidentado suas mãos em
um laboratório.
Ele aparentemente nunca teve uma relação amorosa de qualquer tipo. Ainda
assim, Tesla exibia uma clara apreciação pela beleza feminina, ao exigir
que suas secretárias se conformassem com um padrão pessoal de vestimentas e
corpo. Suas empregadas mulheres eram proibidas de usarem pérolas, que ele, por alguma
razão, considerava horrivelmente repugnantes.
Ele fazia com que qualquer atitude repetitiva que fizesse em seu dia a
dia (como os seus passos, por exemplo), fosse divisível por três, e continuaria
repetindo-as até que chegasse em um total aceitável. Quantidades de vinte e
sete eram as suas prediletas, uma vez que este é três ao cubo.
Tesla também era compelido a calcular exatamente o peso de sua comida
antes de ingerí-la, o que envolvia medir suas porções de comida com uma régua e
mergulhar pedaços na água para determinar quantos centímetros cúbicos eles
possuíam. Ele gostava especialmente de bolachas de sal por causa da
uniformidade de volume que elas apresentam. Muitas vezes, no calor de um grande
projeto, Tesla esquecia-se de comer completamente, e trabalhava por dias sem
dormir. A certa altura, sua devoção ao laboratório lhe causou tal stress que
ele se esqueceu de quem era por vários dias.
OS ESTUDOS E O TRABALHO DO GRANDE GÊNIO
Tesla estudou no instituto politécnico de Graz, perseguindo o estudo no
tópico que mais o fascinava: eletricidade. Aluno exemplar, ele
frequentemente irritava seus professores, pois muitas vezes seu gênio
inigualável era muito superior aos dos seus professores. Ele se rebelava
especialmente contra a idéia que a corrente contínua era o único meio de
distribuir energia elétrica. Era claro para ele que a corrente contínua era
ineficiente e incapaz de transmitir energia a longas distâncias, e certamente
deveria haver um outro método. A idéia da corrente alternada era tida pela comunidade
científica com desdén, em muitos aspectos como a fusão a frio é hoje.
Simplesmente ao mencionar a AC Tesla trazia um sorrizo sarcástico ao seus
ouvintes em suas palestras. Isso, porém, nunca o desencorajou a ponto de
fazê-lo abandonar este enigma tão envolvente.
Em 1882 deslocou-se
para Paris para trabalhar como
engenheiro na "Continental Edison Company", desenhando
aperfeiçoamentos em equipamentos eléctricos. Também trabalhou em
Lyon. Tesla mudou-se para os Estados
Unidos em 1884, estabelecendo-se em Nova Iorque e
tornando-se um assistente do famoso cientista da época Thomas Alva Edison. Após um sério desentendimento com
este por não haver recebido um gigantesco bônus prometido por Edison (segundo
ele, uma brincadeira) por algumas de suas aplicações, aprimoramentos e
descobertas (1886), Tesla perde o emprego e passa por um período difícil,
realizando trabalho braçal.
Em 1887 consegue realizar um contrato com um grande
investidor e vende sua patente da corrente
alternada para George Westinghouse, que convence o governo americano a adotar o modelo-padrão de corrente alternada como meio mais eficiente para a distribuição de energia elétrica. Desenvolve a partir desse
período um conjunto extenso de inventos para produção e uso da eletricidade, como o motor elétrico e registra outra centena de patentes, como o acoplamento de dois
circuitos por indução mútua, princípio adotado nos primeiros geradores
industriais de ondas hertz, o princípio e metodologia de criar energia
(corrente alternada) através de campo
magnético rotativo, o motor assíncrono
de campo giratório, entre outros. Inventou também a corrente polifásica,
comutadores elétricos e ligação em estrela, novos tipos de geradores e transformadores, comunicação sem fio, a lâmpada
fluorescente, controle remoto por rádio e protótipos de transmissão de energia.
Seu grande salto mental foi duas bobinas, posicionadas em ângulo reto e
alimentadas com uma corrente alternada com noventa graus de fase entre si, que
poderiam fazer um campo magnético girar, sem a necessidade do comutador
utilizado em motores de corrente contínua. Essa invenção, a Bobina Tesla,
o consagrou como um dos maiores entendedores da energia elétrica, o consagrando
como o homem que possibilitou a criação dos mais variados meios de comunicação
existentes hoje.
O MAIOR SONHO E O DIFÍCIL FIM
Tesla tinha um sonho, distribuir energia elétrica de graça para todos os
cidadãos do planeta, mas isso era difícil e inimaginável, e motivo de chacota
entre a comunidade científica, porém foi esse sonho que fez de Tesla um
profundo conhecedor da energia elétrica.
Após anos a fio dizem que ele teria descoberto o modo de distribuir a
energia elétrica sem a necessidade de fios, porém os custos do projeto eram
muito caros e não agradavam os “donos da energia elétrica”. Tesla foi obrigado
a abandonar o projeto, o sonho de toda uma vida.
Nikola Tesla morreu no dia 7 de janeiro de
1943 em Nova York aos 87 anos. Completamente sem dinheiro, abandonado e esquecido,
dividia um pequeno quarto de hotel com alguns pombos.
As indústrias que ele construiu, há muito tempo haviam virado suas
costas a ele. A comunidade científica ignorava a ele e suas idéias excêntricas.
Ao público em geral, ele era tanto desconhecido como objeto de ridículo, um
lunático cujos devaneios eram apenas úteis para tablóides sensacionalistas. Os
quadrinhos do "Superman", de Max Fleischer, em 1940, desenhavam o
herói lutando contra raios da morte e terrores eletromagnéticos criados por um
cientista louco chamado Tesla.
Tesla não entrou para os livros de história porque ele falhou como
empresário. As pessoas mais bem sucedidas não são necessariamente as mais
brilhantes, mas aquelas que conseguem jogar o jogo para chegar ao topo. Tesla
era um discípulo da ciência pura, em oposição à ciência aplicada, com pouca ou
nenhuma facilidade em imaginar como lucrar com suas ideias. Seus parceiros
de negócios frequentemente não agiam em seu melhor interesse, e Tesla tem
uma lista de más decisões financeiras.
O RAIO DA MORTE
Sem dinheiro, amigos, e fragilizado física e emocionalmente, Nikola
Tesla se embrenhou pelo militarismo, criando aparatos de guerra. A noção de
Tesla utilizando seu gênio para propósitos bélicos é imensamente assustadora,
pois um dos maiores gênios da humanidade poderia criar algo devastador, e o que
dizem é que ele o fez. Quase falido e observando os Estados Unidos à beira da
guerra, Tesla sonhou com uma invenção que pudesse interessar os militares: o
raio da morte.
O mecanismo usado na arma não é compreendido até hoje, mas acredita-se
tratar-se de um acelerador de partículas, que emitia um feixe de raio tão concentrado e fino que ele não se dispersaria mesmo a grandes
distâncias. Tesla era categórico em afirmar que sua arma poderia dividir a
Terra ao meio, e ninguém até hoje soube ao certo se ele estava brincando.
Em 30 de junho de 1908 houve uma gigantesca explosão em Tugunska, região
central da Sibéria(Coordenadas GPS - Latitude / Longitude: 60°53'5.10"N,
101°53'10.53"E), onde quinhentos mil acres quadrados de terra foram
instantaneamente destruídos, o equivalente a quinze megatons de TNT. Dizem os
cientistas que essa foi a maior explosão registrada no planeta, nem mesmo
subsequentes explosões termonucleares ultrapassaram sua força, ela foi audível
a 930 quilômetros de distância, aproximadamente. Há duas hipóteses, uma
oficial, que diz que um imenso meteoro atingiu a área, e a outra divulgada
pelos adeptos das teoria conspiratórias, que diz que ali houve a queda de uma
nave extraterrestre, porém nenhuma hipótese foi confirmada até hoje, mas para
Tesla a explicação era outra.
Área de Tugunska atingida pela explosão. |
Após construir a arma Tesla a testou, ele ligou o equipamento, de início, era difícil dizer que ele estava
funcionando. Sua extremidade emitiu uma luz pálida, dificilmente notável. Então,
uma coruja voou de seu ninho no topo da torre, na direção do raio, e foi
desintegrada instantaneamente. Tesla concluiu assim o teste, porém após
alguns dias, ao ler os jornais e ter conhecimento da explosão em Tugunska, era
claro para ele que seu raio da morte tinha ultrapassado seu alvo calculado e
atingido Tunguska. Ele ficou extremamente grato que a explosão,
miraculosamente, não matou ninguém. Tesla desmontou o raio da morte
imediatamente, crendo-o muito perigoso para continuar existindo.
Seis anos mais tarde, o fim da primeira guerra fez com que Tesla
reconsiderasse. Ele escreveu ao presidente Wilson, revelando o segredo do teste
do raio da morte, oferecendo-se para reconstruí-lo para o departamento de
Guerra. A mera ameaça de tamanha força destrutiva faria com que as nações em
guerra concordassem em estabelecer-se a paz imediatamente. A única
resposta de Tesla à sua proposta foi uma carta formal de apreciação da
secretária do presidente. O raio da morte nunca foi reconstruído, supondo que ele
tenha sido construído, em primeiro lugar.
Após sua morte um sobrinho foi até os Estados Unidos para reivindicar
seus pertences, e ao ter a autorização de pega-los, todos os estudos, rascunhos
e manuscritos de Tesla tinha desaparecido, tudo havia sido confiscado pelo
governo americano, interessados no raio da morte, já que o ano era 1943 e
estavam em plena Segunda Guerra Mundial.
Durante todos esses anos dizem que os americanos realizam estudos
periódicos em seus manuscritos, inclusive o engenheiro brasileiro Sérgio
Pereira da Silva Porto teria sido designado pelos americanos para tentar
desvendar os mistérios por trás da arma, porém nenhum cientista teria sido
capaz de decifrar os enigmas para construir tal arma, sendo preciso uma mente
brilhante para fazê-lo, o que nos sugere que nunca tal arma sairá do
papel, já que um gênio igual a Nikola Tesla não aparecerá nunca mais.
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