Segundo uma antiga lenda
finlandesa, a cauda das raposas que batiam na neve nos Montes Lapões soltavam
faíscas que iluminavam os céus escuros do norte. Para a ciência esse fenômeno é
chamado de Aurora Boreal, simplesmente o fenômeno mais espetacular da natureza.
O nome Aurora Boreal foi dado
pelo grande astrônomo Galileu Galilei, em homenagem à deusa romana do alvorecer Aurora, e ao deus
que rege os ventos do Norte, seu filho Bóreas. Já em latitudes sul o fenômeno
foi designado pelo navegador inglês James Cook como Aurora Austral, se
referindo à sua localização, o Sul.
Tal fenômeno é produzido pelos
ventos solares, que viajando a uma velocidade de cerca de 1,6 milhões de quilômetros
por hora seguem linhas de força magnética geradas pelo núcleo da Terra, fluindo
através da magnetosfera por uma área com formato de lágrima constituída de
campos magnéticos e elétricos de alta carga.
Pela manifestação de elétrons
portadores de uma carga energética equivalente a um espectro que vai de um a
quinze keV, somados a prótons e partículas alfa, a luz emerge justamente quando
eles se chocam com os átomos do espaço no qual respiramos, principalmente com
fragmentos de oxigênio e nitrogênio, normalmente em altitudes que variam entre
80 e 150 km. Processa-se então um fenômeno de ionização, dissociação e
estimulação de partículas.
Durante a ionização, os elétrons
são deslocados do átomo, levam consigo a energia despertada e geram uma espécie
de efeito em cadeia da produção de espécies químicas eletricamente carregadas,
por perda de elétrons, em outros átomos. Este estímulo tem como conseqüência um
ato de emissão energética, gerando no átomo uma condição de total inconstância.
Estes estados de instabilidade enviam ondas luminosas em frequências
vibratórias típicas, enquanto tendem a encontrar o equilíbrio.
A Aurora Boreal pode se expressar
de diversas formas, desde com aparência de pontos de luz ou como faixas
horizontais ou pequenos círculos luminosos. Em vários momentos estas luzes se
exprimem em diversas cores, simultaneamente. Em outros, elas compõem
semicircunferências que se metamorfoseiam o tempo todo.
A cor da aurora depende do átomo que colide com o
elétron e da altitude em que se dá essa colisão: oxigênio (verde, até 240
quilômetros de altitude); oxigênio (verde, até 240 quilômetros de
altitude); nitrogênio (azul, até 96
quilômetros de altitude) e nitrogênio (púrpura/violeta, acima de 96 quilômetros
de altitude).
Hoje em dia alguns cientistas estão investigando os
relatos de vários observadores que relatam a ocorrência de sons durante a
Aurora Boreal. Apesar de nada ter sido registrado ainda a ciência procura
desvendar tal mistério.
ALGUMAS
BELÍSSIMAS IMAGENS
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