Reverenciado como um dos mais
belos animais do planeta, caçado até a quase extinção, o tigre-siberiano (Panthera
tigris altaica) é o maior dos grandes felinos e um dos 5
representantes de espécies de tigres que ainda existem. Muito respeito pelos
nativos, é chamado de Amba (o grande soberano), e considerado o protetor
da planta medicinal ginseng.
Como um caçador solitário, ele
percorre rastros de presas a noite, podendo cobrir distâncias de 10km a 20km
por dia. Pode atingir os 80km/h, e
saltar até 9 metros de distância.
REPRODUÇÃO
Os machos e as fêmeas só se unem
na época da reprodução. As fêmeas dão a luz a dois ou três filhotes depois de
cerca de 100 dias de gestação, que mamam até os 5 meses de idade, período em
que começam a se alimentar de carne. No entanto, apenas aos 18 meses é que os tigres-siberianos estão
habilitados para caçarem sozinhos.
Os tigres jovens costumam ficar com a mãe até terem cerca de dois anos. Depois, eles separam-se e passam a estabelecer o seu próprio território.
Os tigres jovens costumam ficar com a mãe até terem cerca de dois anos. Depois, eles separam-se e passam a estabelecer o seu próprio território.
CAÇA
Os tigres-siberianos são
predadores carnívoros, que preferem caçar presas grandes como antílopes, veados,
entre outros. Ele aproxima-se da sua presa sem ser percebido e, quando se
encontra a mais ou menos 20 metros de distância, baixa-se, caminha quase que se
arrastando pelo solo durante um trecho, salta para frente e tenta morder o
pescoço da vítima enquanto a imobiliza pelos ombros ou pelas costas.
Os tigres
são extremamente velozes em distâncias curtas, porém, se ele não consegue
apanhar logo a sua presa, geralmente desiste porque se cansa rapidamente. Ele
pode passar até uma semana sem uma caça bem-sucedida. Depois de matar um
animal, o arrasta para um local bem encoberto.
CARACTERÍSTICAS
Os machos
podem chegar a pesar mais de 300 quilos. Na natureza o maior tigre-siberiano já
encontrado pesava 386 quilogramas, enquanto que
em cativeiro pesava 423. Com grandes dentes e força muscular, é capaz de
atacar qualquer ser vivo.
Dotado de
visão, olfato e audição aguçados, além de movimentos extremamente suaves e
silenciosos, localizar um tigre-siberiano não é tarefa fácil, o que lhe confere
uma característica furtiva essencial à sua sobrevivência.
Com pelos
extremamente grossos, o padrão é o de listras escuras sobre o pelo laranja. As
listras exclusivas de cada tigre servem para os diferenciar uns dos outros,
assim como acontece com as impressões digitais dos humanos.
SEQUENCIAMENTO DO GENOMA
O genoma
do tigre-siberiano contém 20.226 genes codificadores de proteínas e 2.935 RNAs
não-codificadores. Ele também é enriquecido na sensibilidade do receptor
olfativo, no transporte de aminoácidos, genes metabólicos, entre outros. Além
disso, a sequência mostrou uma similaridade genética maior que 95% com o gato
doméstico.
Também
foi revelado que os genes relacionados com a força muscular, o metabolismo de
energia e os nervos sensoriais (atividade do receptor olfativo e percepção
visual) estão em rápida evolução no tigre.
CONSERVAÇÃO DA ESPÉCIE
Até o
início do século XX o tigre-siberiano era encontrado em países como China,
Coréia, Mongólia, Noruega, Suécia, além da própria Rússia. Porém, com a
construção das ferrovias Transiberiana e Transmanchuriana eles foram quase que
totalmente exterminados. No ano de 1920 eles foram extintos na Coréia, sendo
que durante a Segunda Guerra Mundial haviam apenas 50 indivíduos soltos na
natureza.
Em 1947
começaram os esforços por parte do governo soviético para evitar o
desaparecimento do tigre, o que possibilitou o aumento na população dos
animais. Em 1991, com a dissolução da União Soviética, os tigres-siberianos
voltaram a sofrer com a caça predatória e a destruição do seu habitat, mas
devido a ação de conservacionistas e patrulhas anti-caça, o número de
indivíduos soltos na natureza voltou a subir, sendo que hoje cerca de 500
tigres vivem restritos à região dos montes Sikhote Alin, no sudeste da Sibéria,
perto das fronteiras com a China e a Coréia do Norte, em 16 áreas monitoradas.
As
grandes ameaças que pairam para com os tigres-siberianos são o comércio de
órgãos na medicina chinesa e a destruição de seu habitat. A Sibéria concentra
grandes áreas de florestas e isso é um grande atrativo para empresas
madeireiras. Mesmo com o número de tigres soltos estando estável, se não houver
um grande esforço para aumentar a sua população, em 20 anos só conseguiremos
vê-los em cativeiro, será o fim da vida selvagem de um dos mais belos animais
do planeta.
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