O que dizer sobre os gatos
domésticos? São simplesmente lindos, na mesma proporção em que são misteriosos
e ainda pouco compreendidos.
Esses nosso amigos são animais
pertencentes à Família Felidae, e ao Gênero Felis. Ainda há muita divergência
entre os pesquisadores, já que alguns os consideram como uma subspécie do gato
silvestre, o Felis silvestris, felino restrito à Africa,
Europa e Ásia. Já alguns autores afirmam que ambas as espécies são distintas.
Assim, os gatos domésticos podem ser identificados cientificamente como Felis silvestris catus, ou como
Felis catus.
Com cinco meses de idade, as
fêmeas já atingem a maturidade sexual, ao passo que nos machos tal período
ocorre em torno de um ano de idade. Durante o acasalamento eles emitem um som
típico, semelhante ao de uma criança chorando. A gestação costuma durar pouco
mais de dois meses, dando origem a aproximadamente cinco filhotes, que terão
expectativa média de vida de quinze anos. A mãe dá assistência à sua cria
durante vários meses, até que conquistem maior autonomia.
ALGUMAS
CARACTERÍSTICAS
Os gatos geralmente pesam entre
2,5 e 7 kg; entretanto, alguns exemplares, como o Maine Coon, podem
exceder os 12 kg. Já foram registrados exemplares com peso superior a
20 kg, devido ao excesso de alimentação.
Em cativeiro, os gatos vivem
tipicamente de 15 a 20 anos, porém, o exemplar mais velho já registrado, viveu
até aos 38 anos. Os gatos domésticos têm a expectativa de vida
aumentada quando não saem pelas ruas, pois isso reduz o risco de ferimentos
ocasionados por brigas e acidentes. A castração também aumenta significativamente
a expectativa de vida desses animais, uma vez que reduz o interesse do animal
por fugas noturnas e também o risco de incidência de câncer de testículos e
ovários.
Os gatos possuem trinta e dois
músculos na orelha, o que lhes permite ter um tipo de audição direcional,
movendo cada orelha independentemente da outra. Assim, um gato pode mover o
corpo numa direção enquanto move as orelhas para outro lado. Quando
irritados ou assustados, eles repuxam os músculos das orelhas, o que faz com
que elas se inclinem para trás.
O método de conservação de
energia dos gatos compreende dormir acima da média da maioria dos animais,
sobretudo à medida que envelhecem. A duração do período de sono varia entre 12
a 16 horas, sendo de 13 a 14 horas o valor médio. Alguns espécimes, contudo,
podem chegar a dormir 20 horas num período de 24 horas.
Um ditado popular diz que os
gatos caem sempre de pé. Durante a queda, o gato consegue, por instinto, girar
o corpo e prepará-lo para aterrar em pé graças ao sentido agudo de equilíbrio e
flexibilidade. Um gato precisa de aproximadamente 90 centímetros para se virar.
Mesmo os gatos sem cauda como grande parte dos indivíduos da sub-espécie Gato
manês da Ilha de Man têm esta habilidade, pois o gato usa principalmente as
patas traseiras e depende da conservação do momento angular para endireitar o
corpo.
Assim como a maioria das espécies
de mamíferos, eles são capazes de nadar. No entanto, somente o fazem quando
extremamente necessário, como em caso de queda acidental na água.
SENTIDOS
Muitos pesquisadores acreditam
que os gatos são os mais sensitivos dos mamíferos. Enquanto seu
olfato e audição podem não ser tão aguçados quanto os dos cães, a visão
altamente apurada, audição e olfato sobre-humanos, combinados com o paladar e sensores
táteis altamente desenvolvidos corroboram com esta hipótese.
Alguns testes indicam que a visão
aguçada dos gatos é largamente superior no período noturno em comparação aos
humanos, mas menos eficaz durante o dia. Quando há muita luminosidade, a pupila
em formato de fenda fecha-se o máximo possível, para reduzir a quantidade de
luz a atingir a retina, o que também resguarda a noção de profundidade. O tapetum
e outros mecanismos dão aos gatos um limiar de detecção de luminosidade sete
vezes menor que a dos humanos.
Os seres humanos e os gatos têm
limites similares de audição em baixa frequência, que devem rondar os
20 Hz. Já na escala de alta frequência, os gatos têm ampla vantagem,
alcançando os 60 kHz, superando até mesmo os cães. Os gatos podem ouvir
até duas oitavas acima dos humanos (20 kHz) e meia oitava além dos cães.
Os gatos podem precisar com margem de erro de 7,5 cm a localização de uma
fonte sonora a um metro de distância.
Especula-se que os gatos podem
preferir guiar-se pelos bigodes especializados que dilatar as pupilas na
totalidade, o que reduz a habilidade de focar objetos próximos. Esses pelos
também alcançam aproximadamente a mesma largura do corpo do animal,
permitindo-o julgar se cabe em determinados espaços. O posicionamento dos
bigodes é um bom indicador do humor do felino: apontados para frente, indicam
curiosidade e tranquilidade; colados ao rosto, indicam que o gato assumiu uma
postura defensiva e agressiva. Recentes estudos de fotografias infravermelhas
de gatos caçando demonstram que eles também utilizam seus bigodes para
determinar se a presa mordida já está morta.
Uma curiosidade sobre o paladar
dos gatos é que, de acordo com a edição norte-americana da National Geographic
(de 8 de dezembro de 2005), eles não são capazes de saborear o doce por falta
de receptores desse tipo. Entretanto, através da observação de gatos
domésticos, percebe-se que, uma vez que sejam oferecidos doces, eles parecem
gostar, embora não seja saudável deixá-los comer tais alimentos.
Um gato doméstico possui o olfato
14 vezes mais potente e duas vezes mais células receptoras que os humanos,
portanto, podendo sentir odores dos quais um ser humano nem sequer registra.
Além disso, os gatos possuem um órgão sensorial no céu da boca chamado
vomeronasal ou órgão de Jacobson, que atua como um órgão olfatorial auxiliar.
Quando o gato franze a face, baixando a mandíbula e expondo parte da língua,
está abrindo a passagem de ar para o vomeronasal.
Os gatos conseguem comunicar-se
de forma bastante eficaz, seja com humanos ou com outros seres de sua espécie.
Estudos da inteligência em gatos têm demonstrado que tais animais são dotados
de um aparato cognitivo capaz de lhes propiciar diversas ações, que podem ser
compreendidas como sinais de inteligência. O cérebro destes animais apresenta
estruturas complexas que possibilita-lhes desenvolver uma espécie de linguagem,
comunicando-se por meio de miados, ronronares, bufos, gritos e linguagens
corporais.
OS HÁBITOS QUE TODO
GATO TEM
Quem tem um gato em casa
certamente já o observou ele se limpando várias vezes por dia, também já
percebeu que ele sempre enterra as fezes e a urina, e alguns costumam trazer
presas abatidas para debaixo da cama.
O que temos e entender é que o
gato doméstico não é totalmente domesticado, ele é, possivelmente, o animal de
convívio humano que guarda mais preservadamente os seus institos selvagens. Só
para termos uma ideia, os gatos domésticos compartilham mais de 95% de sua
genética com os tigres-siberianos.
Quando o gato se limpa ele está
praticando um dos extintos de sobrevivência do felinos selvagens que, depois de
comerem, tem que “tomar banho” para eliminarem o odor de sangue, que pode
atrair possíveis predadores.
Ao enterrar as fezes e a urina o
intuito é o mesmo, já que na natureza um possível predador pode identificar
algum felino na área através das fezes. Tigres geralmente demarcam um
território em algum local que tenha um curso d`água ou um lago, onde os
filhotes fazem suas necessidades fisiológicas a fim de disfarçar o odor e não
atrair predadores.
Alguns gatos domésticos, em algum
momento da relação com os humanos, podem se sentir “deixados de lado” pelo
dono. Ao trazer um animal morto para dentro de casa ele está tentando
demonstrar que ainda é útil ao bando (família), que em caso de escassês de
alimento ele é capaz de caçar e alimentar a todos.
Seu gato costuma esfregar o
focinho no seu rosto? Se a resposta for sim, saiba que ele verdadeiramente te
ama. Acontece que os gatos possuem glândulas de odor ao redor da boca, do nariz
e dos olhos, e nós humanos temos o odor da nossa pele. Cada gato, assim como
cada pessoa, possui um odor específico, então, ao esfregar o focinho no rosto
do dono, a mistura dos odores formam um novo odor único do mundo. Nós não o
sentimos, mas o gato sim, e isso lhe da grande prazer. Sendo assim, ele está te
demarcando, para que, se outro gato fizer o mesmo, ele possa saber que você já
tem dono.
E OS MISTÉRIOS?
No início do post eu mencionei
que os gatos são misteriosos. Mesmo depois de milênios de convivência nós ainda
não os entendemos muito bem. Eles são cercados de mistérios que a ciência ainda
não conseguiu desvendar, vamos a dois deles:
Você já reparou que, geralmente,
quando você acorda, o seu gato está olhando para você, ou se a porta do quarto
estiver fechada, geralmente eles estão do outro lado te esperando acordar? Pois
é, instintivamente eles sabem 10 minutos antes quando você irá despertar, e
sabendo disso alguns tentam te acordar. Como eles sabem disso ainda é um
mistério para a ciência.
Geralmente ouvimos histórias de
que os gatos são sensitivos, que conseguem ver o sobrenatural ou coisas do
tipo. É fato que os gatos, as vezes, se recusam a entrar em certos locais, ou
mesmo fogem sem nenhum motivo aparente. Eu mesmo já presenciei alguns dos meus
gatos brincando sozinhos, mas eu poderia jurar que havia alguém com eles. O
certo é que alguns estudos apontam para o fato dos gatos poderem enxergar em escala
infravermelha, podendo ver muitas coisas que nós não podemos.
Bem, de qualquer forma quem tem
um gato sabe que eles são amigos leais e sinceros, porém a maneira deles.
Muitas pessoas esperam encontrar em um gato os atributos de um cão, e como isso
não é possível, pois são animais distintos, logo criam uma animosidade em
relação aos felinos. Mas quem convive com um gato sabe que ele é capaz das mais
sinceras demonstrações de amor e amizade para com o dono.
Obs: o gato dentro
da sacola na imagem no início do post é o Opie, meu querido e grande
companheiro que infelizmente já não está mais aqui, porém deixou muita saudade
e boas lembranças.
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